CONFISSÃO DE FÉ
Unidade no essencial. Liberdade no não essencial.
Em todas as coisas, amor.
Essenciais
Nós nos submetemos às Escrituras sagradas como única autoridade de fé, e nos apegamos às doutrinas centrais da fé cristã ortodoxa e aos credos históricos. O Credo dos Apóstolos, O Credo Niceno e O Credo de Atanásio.
Não Essenciais
Quanto às questões não essenciais, as quais a Escritura não elucida exaustivamente, nos declaramos:
Credobatistas, Arminianos, Carismáticos, Complementaristas amplos, Pré-milenistas apostólicos, Pós-tribulacionistas.
Declaração de Fé
O propósito eterno de Deus
Enxergamos a obra de Deus em conformidade com seu Eterno Propósito que guia nossa cosmovisão e direciona nossos valores. Tudo o que o Deus Pai está fazendo na História, seja em seus atos criacionais ou redentores, está relacionado a formar uma família para Si, preparar uma noiva para Seu Filho Jesus Cristo, e edificar uma habitação para o Seu Espírito. A fim de que o povo de Deus viva para louvor da Sua glória e Cristo Jesus seja glorificado neles. (Ef 1. Rm. 8:28-29)
A Bíblia
Acreditamos na inspiração verbal plenária do cânon tradicional das Escrituras; que tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento são a infalível Palavra de Deus em todas as questões de vida e doutrina; que a Bíblia é completamente relevante hoje para todas as áreas da experiência humana porque é viva e ativa; que a Bíblia é a autoridade exclusiva e única para fé e estilo de vida; e que os autógrafos originais não contêm erros. Deve-se acreditar, praticar, confiar e esperar (1 Coríntios 2:13; 2 Timóteo 3:16; Hebreus 4:12; 2 Pe 1:21).
O Deus Trino
Acreditamos que há um Deus verdadeiro, o eternamente auto-existente “EU SOU”, que se revelou a nós em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, que conhecem, amam e glorificam um ao outro. Esse único Deus verdadeiro e vivo é infinitamente perfeito, tanto em seu amor quanto em sua santidade. Acreditamos que as Pessoas da Trindade são co-eternas, co-iguais, e ainda com função única (Ex. 3:14; Deut. 6:4; Isa. 43:10, 11; Matt. 28; Jo. 8 :58; 2 Coríntios 13:14).
Jesus Cristo
Acreditamos em uma cristologia calcedônia da segunda Pessoa da Trindade. Ele é uma pessoa distinta do Pai e do Espírito Santo, mas da mesma substância, duas naturezas em uma pessoa (divina e humana). Cremos que Jesus Cristo é Deus de Deus, o Filho de Deus, que se encarnou como homem, nasceu de uma virgem, foi crucificado, foi sepultado, ressuscitou e está sentado à direita de Deus nas alturas (Mt. 1:20; Marcos 16:19; João 1:1, 14; 3:16; 20:1-2; 1 Coríntios 15::3-5; Hebreus 2:17; Gálatas 4:4 Fil . 2:8; 1 Ped. 3:22).
O Espírito Santo
Acreditamos em uma pneumatologia atanasiana da Terceira Pessoa da Trindade. Ele é uma pessoa distinta do Pai e do Filho, Deus de Deus, enviado pelo Pai para equipar o Corpo de Cristo com graça para o trabalho. Em tudo que ele faz, Ele glorifica a Cristo. Ele convence o mundo do pecado, regenera os pecadores, e nEle eles são batizados em união com Cristo e adotados na família de Deus. O Espírito Santo é recebido na salvação e nos ajuda em nossas fraquezas, capacitando-nos a viver uma vida de vitória contra o pecado, ousada, semelhante a Cristo (João 14:16-26; Romanos 8:9, 26; Efésios 4:30; 1 Coríntios 12:7-11; Hebreus 10:29).
Pecado e a Queda da Humanidade
Acreditamos que a humanidade foi criada à imagem de Deus, mas pecou voluntariamente quando tentada por Satanás e ficou aquém da justiça de Deus, distorceu essa imagem e perdeu a sua bênção original. Como resultado, todos os seres humanos estão alienados de Deus, corrompidos em todo aspecto de seu ser (isto é, fisicamente, mentalmente, volitivamente, emocionalmente, espiritualmente) e condenados, final e irrevogavelmente, à morte — a não ser pela intervenção graciosa do próprio Deus. A necessidade suprema de todo ser humano é ser reconciliado ao Deus sob cuja justa e santa íra nos encontramos; a única esperança de todo ser humano está no amor imerecido deste mesmo Deus, o qual unicamente pode nos resgatar e restaurar para si. (Is 53:6, Gn 1:26, 27; 2:17; 3:6; Rm 5:12-19).
A Salvação e a Obra de Cristo
A esperança de redenção da humanidade caída só é possível através do sangue derramado de Jesus Cristo e sua obra na cruz. A redenção oferecida à humanidade pela obra de Cristo deve ser recebida pelo arrependimento para com Deus e pela fé em Cristo que derramou seu sangue. Aqueles que recebem a oferta da graça de Deus pela fé são nascidos de novo, justificados, regenerados, adotados na família de Deus, feitos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, cheios do Espírito Santo, e são participantes da vida eterna. (João 3:3; Atos 4:12; Efésios 1:7; Romanos 5:10; 8:14-17; 10:9-10; Tito 3:5-6).
O Evangelho
Cremos que o Evangelho é as boas-novas de Jesus Cristo — a própria sabedoria de Deus. Completa loucura para o mundo, ainda que seja o poder de Deus para aqueles que estão sendo salvos, essas boas novas são cristológicas, centradas na cruz e na ressurreição: o evangelho não é proclamado se Cristo não for proclamado, e o Cristo autêntico não terá sido proclamado se sua morte e ressurreição não forem centrais (a mensagem é: “Cristo morreu pelos nossos pecados… e ressuscitou”). Essa boa nova é bíblica (sua morte e ressurreição são de acordo com as Escrituras), teológica e salvífica (Cristo morreu pelos nossos pecados para nos reconciliar com Deus), histórica (se os eventos salvadores não tivessem acontecido, nossa fé seria vã, ainda estaríamos em nossos pecados e seríamos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão), apostólica (a mensagem foi confiada aos apóstolos e transmitida por eles que eram testemunhas desses eventos salvíficos) e intensamente pessoal (quando ela é recebida, crida e firmemente retida, pessoas são individualmente salvas). (1Jo 1:1, Jo 3:18)
A Igreja: O povo de Deus
Acreditamos que a Igreja é o Corpo de Jesus Cristo, que é sua Cabeça, sua extensão, a plenitude daquele que preenche tudo em todos, a assembleia do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. A Igreja é composta por todos aqueles que foram justificados pela graça de Deus através da fé somente em Cristo. A igreja é distinguida pela mensagem do Evangelho, suas sagradas ordenanças, sua disciplina, sua grande missão e, acima de tudo, por seu amor a Deus e pelo amor de seus membros uns pelos outros e pelo mundo. De modo crucial, esse evangelho que amamos possui dimensões pessoais e também corporativas, sendo que nenhuma delas deve ser ignorada. Cristo Jesus é nossa paz: ele não somente trouxe paz com Deus, como também paz entre povos antes alienados. Seu propósito era criar em si uma nova humanidade, fazendo a paz, e reconciliando ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. A igreja serve de sinal do futuro novo mundo de Deus, quando seus membros vivem em serviço uns pelos outros e pelo próximo, em vez de viverem focados em si mesmos. A igreja é a habitação corporativa do Espírito de Deus e a testemunha contínua de Deus no mundo. (1Co 12:12-13, Ef 2:19, Ef 5:26, 1Co 11:24-26, Ef 4:11-13, Mt 16:18, Mt 28:19, Hb 10:24-25)
Os Dons do Espírito Santo
Acreditamos na continuação dos dons do Espírito Santo e que os carismas não cessaram após a era apostólica. O propósito dos dons é equipar a Igreja para cumprir sua missão até a volta de Cristo, bem como ser uma antecipação da vida futura. Os crentes devem buscar a Deus em oração para que os dons do Espírito operem em suas próprias vidas e ministérios e devem não apenas concordar com eles teoricamente, mas praticá-los externamente conforme o Espírito guiar (Rm 1:11; 1Co 1:5, 7; 12:1, 31; 1 Cor. 14:12; 2 Tim. 1:6-7; Heb. 6:5).
A Restauração de todas as coisas
Cremos na volta pessoal, gloriosa e corporal de nosso Senhor Jesus Cristo com seus santos anjos, quando Ele exercerá seu papel final de Juiz e seu reino será consumado. Cremos na ressurreição do corpo de ambos, justos e injustos — os injustos para o juízo e castigo eterno, como ensinou o próprio Senhor, e os justos para a bênção eterna na presença daquele que está assentado no trono e do Cordeiro, no novo céu e nova terra, habitação de justiça. Naquele dia, a igreja será apresentada sem mácula diante de Deus pela obediência, sofrimento e triunfo de Cristo, todo pecado será expurgado e seus efeitos nefastos banidos para sempre. Deus será tudo em todos e seu povo será envolvido por sua imediata e inefável santidade, e tudo será para o louvor de sua gloriosa graça. (Jo 10:28, 1Co 15:51-52, Mc 16:16, 2Ts 1:8-10)
Casamento
Acreditamos que Deus ordenou o casamento e o definiu como um relacionamento de aliança entre um homem, uma mulher e Ele mesmo. Homens e mulheres, igualmente criados à imagem de Deus, gozam de igual acesso a Deus pela fé em Cristo Jesus e são chamados, ambos, a se moverem além da autoindulgência passiva para um envolvimento significante privado e público na família, igreja e vida cívica. Adão e Eva foram feitos para complementar um ao outro em uma união de uma só carne com potencial reprodutivo, que estabelece o único padrão normativo de relações sexuais para homens e mulheres, de forma que o casamento sirva como uma tipificação da união entre Cristo e sua Igreja. Nos sábios propósitos de Deus, homens e mulheres não são simplesmente intercambiáveis, mas sim, se complementam de formas mutuamente enriquecedoras. Deus ordena que eles assumam papéis distintos que refletem o relacionamento de amor entre Cristo e a Igreja. (Gn 2:24; Mt 19:4; Ef 5:25; 1 Pe 3: 7).
Gênero
Acreditamos que desde o princípio Deus criou dois sexos biológicos separados e distintos: masculino e feminino. Além disso, acreditamos que as Escrituras não permitem nenhuma diferença entre sexo biológico e identidade ou expressão de gênero. A humanidade foi criada por Deus e qualquer tentativa de reinterpretar a diferença entre sexo/identidade de gênero masculino/feminino e/ou biológico é uma tentativa de autocriação e é resultado do pecado e da queda. Também reconhecemos que há casos raros em que as pessoas nascem com um sexo biológico indiscriminado. No entanto, esses casos não envolvem uma tentativa de autocriação nem negam a dignidade de como eles nasceram (Gn 1:26-27; Mt 19:4; Mc 10:6-7; Salmo 139:14).
Ecumenismo
Acreditamos na unidade entre os essenciais e na liberdade entre os não essenciais. Abraçamos o ecumenismo, achando mais edificante e semelhante a Cristo construir pontes quando se trata de questões doutrinárias periféricas (isto é, interpretações escatológicas, calvinismo/arminianismo, etc.) versus traçar linhas de divisão. (Sl 133:1; At 15:1-21; Ef. 4:3; Fp 2:2; 2Co 13:11).
Direito à vida
Acreditamos que toda a vida humana é valiosa e sagrada, e que a vida humana e a plena personalidade começa na concepção e continua até a morte. Como mordomos da vida, somos dotados por Deus com a responsabilidade de proteger o valor e a dignidade dos seres humanos desde o momento da concepção até o momento da morte. Portanto, nos opomos a tirar vidas inocentes em todas as formas, incluindo aborto e eutanásia. (Gn 1:26-27; Jó 31:15; Sl. 22:10; Sl. 127:3-5; Sl. 139:13-16; Jr. 1:5; Atos 17:25)
Créditos: Essa confissão de fé foi desenvolvida com base na confissão de fé da Família dos que Creem, e do TheosU